terça-feira, 21 de abril de 2015

PAPA SÃO JOÃO XXIII: desejamos convidar-vos a recitardes o Rosário com particular devoção também por estas outras intenções, que tanto temos a peito, a saber: a fim de que o sínodo de Roma seja frutuoso e salutar para esta nossa dileta cidade; e afim de que do próximo Concílio Ecumênico do qual participareis com a vossa presença e com o vosso conselho, toda a Igreja obtenha uma afirmação tão maravilhosa, que o vigoroso reflorescimento de todas as virtudes cristãs




CARTA ENCÍCLICAGRATA RECORDATIODO SUMO PONTÍFICE
PAPA JOÃO XXIII

AOS VENERÁVEIS IRMÃOS PATRIARCAS,
PRIMAZES, ARCEBISPOS, BISPOS
E AOS OUTROS ORDINÁRIOS DO LUGAR
EM PAZ E COMUNHÃO
COM A SÉ APOSTÓLICA
SOBRE A REZA DO TERÇO
PARA AS MISSÕES E PARA A PAZ
1. Desde os da nossa juventude, com freqüência se nos apresenta à alma a grata recordação daquelas cartas encíclicas [1] que o nosso predecessor, de imortal memória, Leão XIII, na iminência do mês de outubro, muitas vezes endereçou ao mundo católico, para exortar os fiéis, especialmente durante aquele mês, à piedosa prática do Santo Rosário. Trata-se de encíclicas várias pelo seu conteúdo, ricas de sabedoria, vibrantes de sempre nova inspiração, e o mais possível oportunas para a vida cristã. Era um forte e persuasivo apelo a dirigir confiantes súplicas a Deus, mediante a poderosíssima intercessão da Virgem sua Mãe, com a recitação do Santo Rosário. Este, com efeito, como de todos é sabido, é uma excelente modalidade de oração meditada, constituída à guisa de coroa mística, na qual as orações doPai-Nosso, da Ave-Maria e do Glória ao Pai se entrelaçam com a consideração dos mais altos mistérios da nossa fé, pelos quais é apresentado à mente, como outros tantos quadros, o drama da encarnação e da redenção de nosso Senhor.
2. Com o passar dos anos, esta suave recordação da nossa idade juvenil nunca nos abandonou, e nem tampouco se enfraqueceu; antes  dizemo-lo com paternal confiança – valeu para tornar bastante caro ao nosso espírito o Santo Rosário, que nunca deixamos de recitar inteiro cada dia do ano: ato de piedade mariana que sobretudo desejamos praticar com particular fervor no mês de outubro.
3. Durante o curso deste primeiro ano do nosso Pontificado, que já chega ao fim, não nos faltou ocasião de exortar muitas vezes o clero e o povo cristão a preces públicas e privadas; mas agora pretendemos fazê-lo com uma exortação mais viva, diremos, e comovida, por muitos motivos que brevemente exporemos nesta nossa encíclica.
4. I. No próximo mês de outubro completa-se o primeiro aniversário do piedosíssimo trânsito do nosso predecessor Pio XII, cuja existência refulgiu de tantos e tamanhos méritos. Vinte dias depois, sem mérito algum nosso, por oculto desígnio de Deus, fomos elevados ao sumo pontificado. Dois sumos pontífices estendem-se a mão, como que para se transmitirem a sagrada herança da grei mística e para conclamarem a continuidade da sua ansiosa solicitude pastoral e do seu amor a todos os povos.
5. Não são porventura estas duas datas, uma de tristeza e outra de júbilo, a clara demonstração, perante todos, de que, na perpétua sucessão dos acontecimentos humanos, o pontificado romano sobrevive ao longo do curso dos séculos, mesmo se todo chefe visível da Igreja católica, chegado ao tempo fixado pela Providência, é chamado a deixar este exílio terrestre?
6. Volvendo o olhar quer para Pio XII quer para seu humilde sucessor, nos quais se perpetua o ofício de supremo pastor comado a S. Pedro, os fiéis elevem a Deus a mesma prece: "Protege o papa, os bispos e todos os ministros do evangelho, nós te pedimos, escuta-nos, Senhor!". [2]
7. E apraz-nos, ademais, aqui recordar que também o nosso imediato predecessor, com a EncíclicaIngruentium malorum [3]já exortou os fiéis de todo o mundo, como ora o fazemos nós, à piedosa recitação do Santo Rosário, especialmente no mês de outubro. Naquela encíclica há uma advertência que de muito bom grado repetimos: "Volvei-vos com sempre maior confiança para a Virgem Mãe de Deus, a quem os cristãos sempre e principalmente têm recorrido nas adversidades, visto que ela foi constituída fonte de salvação para todo o gênero humano". [4]
8. II. A 11 de outubro teremos a grande alegria de entregar o crucifixo a uma densa falange de jovens missionários, que, deixando a sua dileta pátria, assumirão a árdua tarefa de levar a luz do Evangelho a povos longínquos. Nesse mesmo dia, à tarde, é desejo nosso subir ao Janículo para celebrar, com alegres auspícios, o primeiro centenário de fundação do Colégio Americano do Norte, em união com os superiores e com os alunos.
9. As duas cerimônias, embora não intencionalmente marcadas para o mesmo dia, têm o mesmo significado: isto é, de afirmação clara e decidida dos princípios sobrenaturais que movem todas as atividades da Igreja católica; e da voluntária e generosa dedicação de seus alhos à causa do mútuo respeito, da fraternidade e da paz ente os povos.
10. O maravilhoso espetáculo destas juventudes que, vencidas inúmeras dificuldades e incômodos, se oferecem a Deus para que também os outros entrem na posse de Cristo (cf. Fl 3,8), seja nas mais longínquas terras ainda não evangelizadas, seja nas imensas cidades industriais onde, no vertiginoso pulsar da vida moderna, as almas às vezes se estiolam e se deixam oprimir pelas coisas terrenas, este espetáculo, repetimos, é comovedor e anima à esperança de dias melhores.
11. Nos lábios dos velhos que até aqui carregaram o peso destas graves responsabilidades floresce a ardente prece de S. Pedro: "Concede aos teus servos anunciarem com toda confiança a palavra de Deus" (cf. At 4,29).
12. Portanto, vivamente desejamos que durante o próximo mês de outubro todos estes nossos filhos sejam recomendados, com fervorosas preces, à augusta Virgem Maria.
13. III. Há, além disto, uma outra intenção que nos impele a dirigir mais ardentes súplicas a Jesus Cristo e à sua amabilíssima Mãe, preces para as quais convidamos o sacro colégio de cardeais, e vós, veneráveis irmãos, os sacerdotes e as almas consagradas, os doentes e os sofredores, as crianças inocentes e todo o povo cristão. E é esta: afim de que os homens responsáveis pelos destinos das grandes como das pequenas coletividades, cujos direitos e cujas imensas riquezas espirituais devem ser escrupulosamente conservadas intactas, avaliem, atentamente a grave tarefa da hora presente.
14. Por isso rogamos ao Senhor que eles se esforcem por conhecer a fundo as causas que originam as dissensões, e com boa vontade as superem; sobretudo que avaliem o triste balanço de ruínas e de danos dos conflitos armados – que o Senhor afaste! – e não depositem neles esperança alguma; que adaptem a legislação civil e social às reais exigências dos homens, não esquecidos, por outro lado, das Leis eternas, que provêm de Deus e são o fundamento e o eixo da própria vida civil; e preocupem-se sempre com o destino ultraterreno de toda alma individual, criada por Deus para alcançá-lo e gozá-lo um dia.
15. Além disto, é de lembrar que hoje se difundiram posições filosóficas e atitudes práticas absolutamente inconciliáveis com a fé cristã. Com serenidade, precisão e firmeza continuaremos a afirmar essa inconciliabilidade. Mas Deus fez curáveis os homens e as nações! (cf. Sb 1,14).
16. E por isto confiamos que, postos de parte os áridos postulados de um pensamento cristalizado e de uma ação penetrada de laicismo e de materialismo, busquem e achem os oportunos remédios naquela sã doutrina que a experiência das coisas cada dia mais confirma. Ora, essa doutrina conclama que Deus é autor da vida e das suas leis: que é vingador dos direitos e da dignidade da pessoa humana; por conseqüência, que Deus é a "nossa salvação e Redenção!". [5]
17. O nosso olhar volve-se para todos os continentes, lá onde os povos estão em movimento para tempos melhores, e nos quais vemos um despertar de energias profundas que faz esperar num empenho das consciências retas em promover o verdadeiro bem da sociedade humana. A fim de que esta esperança se realize de modo o mais consolador, isto é, com o triunfo do Reino da verdade, da justiça, da paz e da caridade, ardentemente desejamosque todos os nossos filhos formem "um só coração e uma só alma" (At 4,32), e elevem comuns e fervorosas súplicas à celeste Rainha e Mãe nossa amantíssima durante o correr do mês de outubro, meditando estas palavras do apóstolo das gentes: "Somos atribulados por todos os lados, mas não esmagados; postos em extrema dificuldade, mas não vencidos pelos impasses; perseguidos, mas não abandonados; prostrados por terra, mas não aniquilados. Incessantemente e por toda parte trazemos em nosso corpo a agonia de Jesus, afim de que a vida de Jesus seja também manifestada em nosso corpo" (2 Cor 4,8-10).
18. Antes de terminarmos esta carta encíclica, veneráveis irmãos, desejamos convidar-vos a recitardes o Rosário com particular devoção também por estas outras intenções, que tanto temos a peito, a saber: a fim de que o sínodo de Roma seja frutuoso e salutar para esta nossa dileta cidade; e afim de que do próximo Concílio Ecumênico do qual participareis com a vossa presença e com o vosso conselho, toda a Igreja obtenha uma afirmação tão maravilhosa, que o vigoroso reflorescimento de todas as virtudes cristãs, que dele esperamos, sirva de convite e de estímulo também para todos aqueles nossos irmãos e filhos que estão separados desta Sé Apostólica.
19. Com esta gratíssima esperança e com grande afeto concedemos a vós, veneráveis irmãos, aos féis a vós singularmente confiados, e de modo especial a todos os que, com piedade e boa vontade acolherem este nosso convite, a bênção apostólica.
Dado em Roma, junto a S. Pedro, no dia 26 de setembro de 1959, primeiro do nosso Pontificado.
JOÃO PP. XXIII

Notas
[1] Cf. Carta enc. Supremi Apostolatus: Acta Leonis XIII, III, p. 280ss; EE (= Enchiridion delle Encicliche, EDB. Coleção publicada na Itália) 3; Carta enc. Superiore anno: Acta Leonis XIII, IV, p. 123ss; EE 3;Carta enc. Quamquam pluriesActa Leonis XIII, IX, p. 175as; EE 3; Carta enc. Octobri menseActa Leonis XIII, XI, p. 299ss; EE 3; Carta enc. Magnae Dei Matris: Acta Leonis XIII, XII, p. 221ss; EE 3; Carta enc. Laetitiae sanctae: Acta Leonis XIII, XIII, p. 283ss; EE 3; Carta enc. Iucunda semper: Acta Leonis XIII, XIV, p. 305ss; EE 3; Carta enc. Adiutricem populi: Acta Leonis XIII, XV, p. 300ss; EE 3; Carta enc. Fidentem piumqueActa Leonis XIII, XVI, p. 278ss; EE 3; Carta enc. Augustissimae Virginis: Acta Leonis XIII, XVII, p. 285ss; EE 3; Carta enc. Diuturni temporisActa Leonis XIII, XVIII, p.153ss; EE 3.
[2] Lit. Sanctorum.
[3] Ingruentium malorum15 de setembro de 1951; AAS, 43 (1951), p. 577ss, EE 6/873ss.
[4] Santo Ireneu, Adv. haer. III, 22: PG. 7, 959. – AAS, 43 (1951), pp. 578-579; EE 6/876.
[5] Da Liturgia Sagrada.

Santo JUAN XXIII : en todas partes el sacerdote expresa la riqueza, la belleza, la fascinación de la Liturgia.


DISCURSO DE SU SANTIDAD JUAN XXIII
AL CLERO DE ROMA EN LA PRIMERA SESIÓN DEL SÍNODO
*

Sala de las Bendiciones
Lunes 25 de enero de 1960




Al inaugurar ayer tarde las sesiones Sinodales rendimos homenaje a los dos gloriosos santos Juanes, el Bautista y el Evangelista, titulares ambos de la Sacrosanta Archibasílica dedicada al Santísimo Salvador y Catedral insigne de la Diócesis de Roma.

Al final de aquella primera ceremonia de introducción, que resultó tan solemne e impresionante nos pareció oír la voz del anciano profeta y salmista Zacarías dirigiéndose a Nos, como a su hijo recién nacido, a Nos que somos los continuadores y objeto de su gran profecía; voz que invita a caminar ante la faz del Señor y a preparar sus caminos, ad dandam scientiam salutis plebi eius (Lc 1,76-77).

Y ahora nos hallamos aquí; hemos traído nuestras tiendas a esta Colina Vaticana junto al sagrado Sepulcro de Pedro, Príncipe de los Apóstoles, que evoca espontáneamente el de Pablo, ambos figuras eminente, que ayer tarde ya encontramos, al evocar el Concilio llamado de Jerusalén, primera tentativa de reunión Sinodal.

Siendo huéspedes de su misma casa, será más grato nuestro coloquio con ellos y apreciaremos mejor sus enseñanzas.

Invocación a los santos apóstoles Pedro y Pablo

Oh Pedro, Simon Joannis, como fuiste llamada en el solemne acto de tu altísima investidura, henos aquí: tu lejano e indigno sucesor, en su doble misión de Vicario de Cristo en la tierra, y de Obispo de Roma, está ante ti, humilde y compungido, como lo estuviste tú cuando el Maestro quiso lavarte los pies, en el acto de instituir el más grande sacramento. Tú sabes que en esta hora tan emocionante, el último llamado a ocupar tu puesto repite también: non tantum pedes meos, sed et manus et caput (Jn 13,9). Séle propicio en su importante misión de Pastor y Padre con estos sus más valiosos y queridos colaboradores, en el orden sacerdotal.

Y tú, Pablo, Vaso de elección y Doctor de las gentes, asociado al magisterio, al culto, a la gloria del apostolado de Pedro, alcánzanos a todos los aquí reunidos tu espíritu y tu fuego difundido a través de tus catorce cartas todavía y siempre resplandecientes como lámparas en la Iglesia del Señor.

¡Hermanos e hijos!

Con esta doble invocación Nos sentimos que podemos marchar decididamente por nuestro camino. El estudio tan atento y ferviente de cada una de las disposiciones de vida y de ministerio pastoral, está ante Nos en una serie de artículos redactados con competencia, claridad y eficacia, merecedores de la admiración y el elogio de personalidades competentísimas y acreditadas, que Nos invitamos a considerar y juzgar. Se trata de un conjunto impresionante de puntos doctrinales y disciplinares, cuya aplicación práctica a la vida del clero y del pueblo romano traerá consigo, si la gracia del Señor nos ayuda, verdadero progreso religioso y social tanto más notable cuanto que responde mejor a las condiciones actuales de pensamientos y costumbres.

La solicitud del Obispo por su diócesis, además de la preparación de convenientes disposiciones de carácter disciplinar, le obliga a mover las voluntades para que obren y se renueve todo lo que tiene síntoma de cansancio y de desuso y todo adquiera nuevas energías.

El punto central y más elevado para esta revigorización y embellecimiento espiritual es el sacerdote y en el sacerdote su persona y su vida.

Pues bien, la persona del sacerdote es sagrada; su vida debe ser santa.

Permitidnos que sobre estos dos títulos hablemos un poco.

La persona del sacerdote es sagrada

Queridos hermanos e hijos. Podríamos retener vuestra atención con amplitud y profundidad doctrinal, patrística, o haciendo consideraciones de orden y estilo moderno o modernísimo. Pero preferimos dispensaros de ello y preferimos detenernos en dos fuentes de doctrina celestial, evangélica y eclesiástica, como son las enseñanzas de San Pedro y San Pablo en sus cartas y, al lado estos dos oráculos, los cánones y Decretosdel Concilio Tridentino, completados e ilustrados por el preciosísimo Catecismo Romano o Catecismo del Concilio Tridentino, publicado por San Pío V (1566) y reeditado por el Papa veneciano Clemente XIII (1758-1769). A este Catechismus Romanus el Cardenal Agustín Valerio, amigo de San Carlos Borromeo, lo llamaba divinitus datum Ecclesiae y es ocasión excelente que aprovechamos —incluso por el título de la obra que honra a nuestra ciudad episcopal— de proclamar su grandísimo valor para el uso corriente de la predicación sagrada en las parroquias y para el que tiene poco tiempo para estudios profundos y también para el que, ocupado en ellos, está deseoso de precisión teológica, dogmática y moral. Decir esto, es también un recuerdo —os pedimos Nos disculpéis— de nuestra juventud, alegre y activa, cuando nos ocupábamos, incluso con vista a publicarlo, en conocer más a fondo este verdadero y preciosísimo tesoroAd iuvandam rempublicam Christianam, et restituendam veterem Ecclesiae disciplinam nobis divinitus datum esse videmus... —son palabras del antiguo Obispo de Verona— vos qui aliquando aetate procesistis—este es nuestro caso y el de los más viejos de entre vosotros— legite hunc catechismum, septies, et plusquam septies; mirabilis enim fructus ex eo percipietis.

Abordando nuestro tema, decimos que la persona del sacerdote es sagrada. Como tal ha sido iniciada y señalada en el rito de la ordenación. La misión primera y principal del sacerdote es ofrecerse como hostia inmaculada para realizar la obra de Cristo Redentor del género humano. De esta unión con Cristo, que renueva sobre el altar el sacrificio de la Cruz, el Concilio de Trento afirma: Divina res est tam Sancti Sacerdotii ministerium (Sess. XXIII, c. 2). Este carácter de consagración aumenta en dignidad cuando se le añade la potestad conferida al sacerdocio de perdonar los pecados: Quis potest dimittere peccata, nisi solus Deus? (Mc 2,7).

Pues bien, es natural que este ofrecimiento divino y esta práctica de misericordia de perdonar los pecados en nombre de Jesús muerto por los pecadores y saludado continuamente, especialmente por indicación del Bautista, como el Cordero de Dios que quita los pecados del mundo, sea tanto más agradable a Dios cuanto más inocente, puro, inmaculado, alejado del pecado y elevado a los cielos sea el sacerdote que con Jesús se ofrece y absuelve los pecados en el nombre de Dios. Se dice que así como «Cristo es Dios», así también sus sacerdotes tienen que estar poseídos y guiados por Cristo y por Dios.

Malaquías ya había proferido este elogio de la persona del sacerdote antiguo: «El es el Ángel del Señor».

Cuando decimos que la persona del sacerdote es sagrada, pensamos enseguida en el altar de Dios donde el sube todos los días, y del que baja para los cometidos que la obediencia le impone.

En esa sumidad, donde se realizan los más altos misterios del culto, se fija la mirada del joven seminarista, que por varios grados, y tras una larga preparación, desde allí se dirige a los fieles, que no saben imaginarse al sacerdote si no en la irradiación de luz y de gracia de la Santa Misa.

La buena índole, los estudios severos, la propiedad de lenguaje y de tratamiento son como el manto que envuelve la humanidad del sacerdote: pero la linfa divina de su aplicación a los misterios divinos y a las obras de apostolado, deben sacarla del altar. Este es su puesto, el que ante todo le conviene. Desde allí habla a los fieles. Pero al dirigirse a ellos con lenguajes elaborado en la meditación y hecho suyo, ha de parecer como si fuera de la casa en el templo del Señor; y las sagradas palabras del Misal, del Breviario, del Ritual, han de resonar en las intimidades misteriosas de su alma, antes que bajo las bóvedas del santuario.

Ya sea que se encuentre en el lecho de los enfermos o en el confesionario o en el baptisterio o en el campo santo, en todas partes el sacerdote expresa la riqueza, la belleza, la fascinación de la Liturgia.

Más que la lámpara que arde junto al altar Eucarístico, la persona del buen sacerdote dirige hacia Nuestro Señor los pensamientos, los sentimientos, las miradas de los fieles.

«El Santísimo Sacramento —escribió el cardenal Manning— consagra el Tabernáculo, el altar, el santuario, la casa del sacerdote. La zarza Horeb ardía, pero el sacerdote y todo lo que lo rodea está envuelto en el esplendor y está bajo el influjo del Santísimo Sacramento confiado a sus cuidados». (Card. Manning, Sacerdocio eterno, pág. 39) LEER...